terça-feira, 5 de abril de 2016

Passei a vida inteira criando muralhas ao redor do meu coração. 
Todos os dias com cautela eu conferia se elas continuavam de pé. 
Fiz cara feia pra todos que se aproximavam. 
                                                                                                        Me esgueirei.
Mas foi na menor das distrações - ou na maior das conexões, vulnerável me tornei. 
Confiante de que de amor não morreria e tão pouco viveria,
                                                          aos poucos fui me tornando totalmente t u a. 
Desfiz as muralhas, me aninhei em seus braços. 
Pra que medo quando se tem seus abraços?

terça-feira, 28 de julho de 2015

Engraçado é lembrar o tanto de besteira que eu pensava sobre o amor, até ele abrir a porta aqui de casa e se jogar no sofá como quem não quer nada com nada, e de mansinho me tomar por completo ao falar que “opa, não é bem assim, não, mocinha!”. Foi nesse exato momento que eu percebi a inocência que sempre tive, ao achar que sabia tudo sobre o que nunca chegou perto de ter explicação. E por mais que eu me perca nas palavras, entendo as razões pelo qual ninguém permaneceu na minha vida depois de uma briga: nunca foi amor. Nunca foi até ser. E sabe por que eu digo isso? Porque, agora, depois da briga, sempre vem a vontade de fazer as pazes, de estar perto apesar das caras emburradas, mesmo que nada esteja resolvido. Amar é admitir que o orgulho já não resiste a um impulso de loucura, e você se vê correndo atrás porque o medo de perder é maior do que qualquer coisa. Amar é sentir esse nó na garganta toda vez que ele dá tchau, mesmo sabendo que ele volta amanhã. Amor não é aquele “... e viveram felizes para sempre” que a gente cresce ouvindo. Não é perfeição. Não é. Amor é amor, com briga, dor de cabeça e insônia. Amar é ficar, mesmo que ao longo do caminho você pense ter motivos suficientes para ir.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Sobre você...

Poderia ser qualquer pessoa entre essas sete bilhões. Poderia ser qualquer outro sorriso, qualquer outro beijo ou qualquer outro abraço, mas foi o teu jeito que me conquistou. Poderia ser de qualquer outra forma: um esbarrão por aí - você sabe que eu sou desastrada, ou alguém que me apresentaram - amigo de um amigo meu, mas penso que não teria como ser diferente a maneira como tudo aconteceu para nós. Não conheci nem metade da metade das pessoas desse mundo, mas você cruzou o meu caminho e me fez perceber fácil demais que eu não preciso conhecer mais ninguém pra ter certeza de que é contigo que eu quero ficar. Por onde você andou esse tempo todo? Tenho a sensação de que te esperei a vida inteira, mesmo sem te conhecer.
É que nada mais importa quando eu me conforto no seu abraço, o medo eu deixo de lado, porque é só eu, você e essa sensação de que nenhum mal é capaz de me atingir: eu esqueço o mundo. Já nem sei mais se concordo com aquela frase sobre aceitar o amor que achamos merecer, porque você é, com certeza, mil vezes melhor do que qualquer pessoa que eu sonhei pra mim. É incrível esse sentimento que eu tenho aqui dentro do peito toda vez que me dou conta de que isso é real, que eu encontrei um cara incrível e que ele cuida de mim como ninguém cuidou e me entende tão bem que eu me sinto segura pra retribuir todo esse amor.
Eu nunca consegui enxergar um futuro bonito com ninguém, só via borrões e tentativas frustradas de preencher qualquer vazio no peito, mas a vida prega peças na gente e quando nos damos conta o pensamento tá longe e a nossa mente se enche de planos. Bom, eu tenho planos que nem conto pra não assustar, mas toda vez que você me manda fazer um pedido daqueles que a gente fecha o olho e pede com fé, é sobre você que eu falo. É sempre você. Tem sido você desde o dia que eu percebi o quanto nossas mãos se encaixam direitinho e os nossos pés ficam bonitos caminhando lado a lado. Tem sido você desde que eu percebi o quanto os outros sempre foram os outros e você o único a despertar o melhor de mim. E que seja você ainda amanhã. Eu aposto todas as minhas fichas nesse amor. L.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Minha Estrela

As fotos já não são o bastante para aniquilar a saudade que se amontoa em meu peito. As lembranças me confortam e em um instante me trazem angustia. Eu quero lhe tocar, mas eu não posso. Você partiu para um lugar distante daqui, partiu para um lugar além das nuvens. Meu anjo. Seus cabelos macios e grisalhos caindo sobre seu rosto angelical e seu olhar doce me fazem falta. Eu não queria que você partisse, mas agora você está em um lugar melhor e o que resta a quem ficou é aceitar. Eu não posso lhe alcançar ao esticar meus braços, mas eu ainda posso lhe sentir. Suas palavras ainda ecoam dentro de minha mente e eu ainda guardo tudo o que você me ensinou. Nada era tão confortável como o seu abraço de aço que me enchia de segurança. O tempo não apaga o sofrimento, mas aos poucos espero que amenize a dor. E de novo aprenderei a sorrir e a ser tão forte como você foi. Se for preciso chorar eu chorarei, mas minhas lágrimas, eu juro, serão de alegria por ter a certeza de que você existiu aqui e ainda está viva em mim. Minha eterna heroína. Tudo o que vejo me lembra você. As estrelas me trazem lembranças de seus olhos resplandecendo esperança mesmo quando tudo parecia não ter mais solução. Foi uma honra ter feito parte de sua vida e ter crescido ao seu lado. Arrependo-me por não ter passado todos os momentos que eu poderia ter passado contigo, cada segundo perdido está significando muito para mim agora – por motivos bobos deixei de vivê-los ao teu lado. Espero que de onde você esteja entenda que eu me arrependo, por mais que seja um pouco tarde para isso. Nem o tempo será capaz de apagá-la de minhas lembranças. Eu lhe amo, minha doce e simpática velhinha. Eu sempre irei lhe amar.

Escrever...

Eu não tenho a pretensão de que entendam o que se passa dentro de mim, se nem eu me decifro. Eu preciso apenas escrever sem ter que explicar nada pra ninguém: isso sempre tem sido o melhor dos remédios. Dizem que ajuda a disfarçar o amargo da vida, mas ouso até dizer que cicatriza feridas que nos parecem incuráveis.
Escrevo pela sensação de levitar por entre as linhas. Escrevo pelos sentimentos que borbulham dentro de mim. Escrevo para poder mergulhar na ilusão de um mundo melhor e refugio minhas frustrações numa folha de papel qualquer, pelo simples fato de confiar no sigilo das palavras.
Então me deixe aqui com essa mania de sonhar de olhos abertos. Deixe que eu rabisque as últimas folhas do meu caderno e exprima versos sem sentido por aí. É escrevendo que me encontro e eternizo momentos em cada linha que eu redijo. 

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dessa vez eu vou deixar meu coração falar mais alto que a razão. Vou fingir que não escuto minha consciência e vou parar de tentar adivinhar o que vai acontecer se eu mudar de rumo. Eu vou ignorar meus medos, porque eu sou forte, bem mais forte do que eles. E se tudo der errado eu vou tentar de novo, vou tentar quantas vezes for preciso. Eu vou mudar, assim como mudam as estações, quantas vezes for necessário pra que tudo fique bem. Sem distorcer, quero ser eu mesma. Quero sorrir sem peso na consciência. Quero viver cada segundo intensamente e se o destino permitir também quero um amor pra vida toda. Eu vou sorrir e vou chorar. Eu vou errar e aprender. Posso cair, mas vou levantar mais forte ainda. Prefiro meus erros e acertos e conviver com meus defeitos do que tentar ser alguém que não existe.